Resenha: Querubins: A Sentença da Espada - Martha Ricas


Sinopse: Querubins - A Sentença da Espada é um relato em duas vozes: a da querubim Chaya, enviada a uma vila celta pré-cristã e que não vê no homem um ser especial, mas com um espírito guerreiro que não a deixa fugir de uma batalha, e a de Mary Grace, uma donzela da Inglaterra vitoriana atormentada por visões que não consegue desvendar.Ambas as tramas se desenlaçam por caminhos intrépidos e podem estar mais ligadas do que imaginam. Garota e querubim podem e precisam mudar o mundo em épocas diferentes. Seguindo os mesmos passos por cenários deslumbrantes e segredos cada vez mais profundos, elas o farão querer embarcar nas intrigas palacianas e nas batalhas angelicais. Recheada de paixão, mistério, ação e intrigas políticas, a trama é tão perturbadora quanto fascinante.

Título: Querubins - A Sentença da Espada
Autora: Martha Ricas
Editora: Novo Século
Ano de lançamento:
 2015
Páginas: 239

Gênero: Fantasia




"UAU!" Foi essa reação que eu tive quando terminei de ler Querubins - A Sentença da Espada. Martha Ricas nos apresenta a uma trama original sobre a guerra entre anjos e demônios. Esta é mais uma obra que todo fã de fantasia deveria ler!

Chaya e Mary Grace. Século V a.C. e século XIX d.C.. Inglaterra, celta e vitoriana. Duas narradoras e dois períodos diferentes. A primeira é uma querubim forte e destemida que recebe a missão de salvar um vilarejo da ação demoníaca e de um possível massacre por parte dos saxões. A segunda é uma jovem artista que possui um dom incomum, o de enxergar o mundo espiritual, sendo por diversas vezes atormentada pelos demônios.
" - Tudo entre nós é sempre vida ou morte, não é? Sem semitons, aquarelas ou cores pastéis. Sempre dramaticidade em cores fortes, contrastes, luzes e sombras. Somos uma obra barroca, não uma pintura renascentista."
Como é de se esperar, as duas histórias se entrelaçam e isso acontece com congruência, uma vez que a ligação das personagens principais está fortemente relacionada a "espinha dorsal" da trama, a famosa luta do bem contra o mal.

O fato das protagonistas serem fortes e audaciosas me cativou! Chaya mostra essas características logo de cara, já Mary é um mulher bem a frente de seu tempo por dizer que não quer uma vida limitada a casar e ter filhos. Ela evolui ao longo da narrativa e se torna uma guerreira, assim como a querubim.

As figuras masculinas devem ser mencionadas pelos importantes papéis que desempenham. A gentileza de Vougan para com Chaya é tocante, o fato dele ajuda-la a qualquer custo revela o lado bom dos "bonecos de barro", enquanto que o sedutor e misterioso Anton desperta diferentes sentimentos em Mary e a influencia a descobrir coisas sobre sua origem, sendo assim um fator indispensável para o desenrolar da história.



Não poderia deixar de falar dos cenários desta obra. A forma como a autora os descreve é simplesmente incrível! O cuidado com os detalhes, o clima, as luzes e as cores que compõem cada um deles me deixou de queixo caído, foi como viajar pela Inglaterra! Isto se deve a muito boa escrita de Martha, a qual demonstra um rico vocabulário e bom desenvolvimento. A alternância das vozes narrativas também chamou minha atenção. Tudo é muito bem estruturado, de modo que o leitor não se sinta confuso e compreenda quem está contando a história.

A parte gráfica é bem bacana. Na capa temos a própria Chaya acompanhada de sua imbatível espada chamada Havah, lançando um olhar confiante. O miolo apresenta páginas amareladas, diagramação simples e fonte e espaçamentos confortáveis para a leitura.

Querubins: A Sentença da Espada é uma história fechada, mas deixou alguns plots secundários em aberto os quais foram explorados em Querubins: A Balança do Coração (lançado pela Editora Coerência em 2016) e Querubins: A Rebelião da Luz (a ser lançado pela Editora Pendragon em agosto de 2017). Neste livro você encontra fantasia, mistério, ação, mas também uma pitada de romance. Leitura recomendadíssima!

"A esperança tem asas. Faz a alma voar. Canta a melodia mesmo sem saber a letra. E nunca desiste. Nunca.
Sobre a autora:


Nascida em São Paulo, onde ainda reside. Desde pequena, adora a arte em suas mais diversas formas: compunha para a lua, escrevia diários de garatujas e desenhava personagens imaginários. Na adolescência, se envolveu com a música onde atuou como vocalista.

Quando precisou escolher a faculdade, sempre tinha por certo que seria Comunicação Social, porém seu gosto pela leitura de alguma maneira falou mais alto: formou-se em Letras por amar o encanto da literatura e sua alquimia de palavras. Atualmente, leciona português e inglês.

Continua a cantar e tocar violão nas horas vagas, escreve para o seu blog, além de se aventurar pelo design de interiores e dança. Vê na escrita uma forma de expressão artística e um passaporte para mundos nem sempre tão distantes, porém sempre diferentes e incríveis.


*Chaya, eu te venero! Obrigada pela oportunidade de ler seu livro, Martha!

2 comentários:

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