Resenha: Insônia - Mari Scotti


Sinopse: Suzanna perde os pais com oito anos de idade e foi a única sobrevivente do acidente que matou seus pais. Foi salva por alguém que ninguém acredita existir.

Quando está perto de completar dezoito anos, coisas estranhas passam a acontecer. Dois rapazes surgem em sua vida, são misteriosos e parecem saber muito mais sobre ela do que deveriam.

Ela precisa escolher entre um ou outro, mas não sabe que essa escolha mudará sua vida para sempre.


Título: Insônia (Série Nefilins - Livro 1)
Autora: Mari Scotti
Editora: Independente
Ano de Lançamento: 2015
Páginas: 344


Recebi o e-book de Insônia por meio da parceria com a autora Mari Scotti. Nunca tinha lido nada escrito por ela. Desde que conheci e me interessei por seus livros, quis lê-los e finalmente consegui ler um deles. Posso garantir que valeu a espera! Quer saber o porquê? Continue lendo!


Suzanna tinha apenas 8 anos quando perdeu seus pais em um trágico acidente de carro. Eles estavam a caminho da casa de seus avós paternos quando algo chamou a atenção de Suzie na estrada e fez com que seu pai olhasse também. Uma pequena distração levou a morte de seus progenitores. Ela foi salva por alguém. Não sabe dizer exatamente quem a tirou do carro antes que ele explodisse, mas afirma ter sido um homem com olhos acinzentados. Entretanto, ninguém acredita nela, todos dizem que foi arremessada para fora do veículo.

Desde o desastre, Suzanna passou a viver com os avós em uma casa luxuosa com direito a muitos empregados e algumas regalias. Seu avô é mais receptivo e sua avó é mais mandona, sempre fizeram tudo o que podiam pela jovem, cuidando dela como se fosse uma filha.

Agora com 17 anos, Suzie sofre com um sério problema de insônia e pesadelos. Ela sempre perde o sono por volta das três horas da manhã e não consegue voltar a dormir. Logo, começou a ter o hábito de pegar um livro e ler próximo a uma árvore exuberante que fica no quintal dos vizinhos. 


Em uma dessas fugidinhas, aparece um rapaz que ela nunca tinha visto antes pedindo para que voltasse para sua casa. No dia seguinte, Suzanna descobre que o nome dele é Pietro, sobrinho dos donos da casa que ela vive invadindo. P. (apelido dado por Suzanna e tem como pronúncia o P em inglês) é absurdamente atraente, educado e misterioso. Ele a convida para um passeio no Museu do Ipiranga, lugar que a jovem sempre quis conhecer. Nesse momento, rola um clima entre os dois. Mesmo sendo um cara intrigante, Suzanna começa a se apaixonar por ele, porém, surge Arthur.

Arthur é o aluno novo do colégio de Suzie, parece saber tudo sobre ela, coisas que ninguém sabe, nem sua melhor amiga, nem seus avós. Ele é um rapaz cheio de atitude e meio convencido, pensa que todas as garotas babam por ele, mas, na verdade, só quer Suzanna, tanto que marca um encontro com ela. Eles vão a um restaurante super chique, conversam e quem aparece? Sim, ele mesmo, Pietro! Ele e Arthur se estranham e fica visível que se conhecem.

Suzanna começa a sentir algo pelos dois, fica dividida, mas desconfiada por eles saberem demais sobre si. Então, passa a questionar tanto Arthur quanto Pietro, e acaba descobrindo coisas sobre sua verdadeira origem e que está correndo um grande perigo. Um pede para ela não confiar no outro. Ambos dizem querer ajudá-la a entender sua nova realidade. Suzanna sabe que um dois dois está mentindo, mas quem?
"Tantas coisas começavam a rodear meus pensamentos que não conseguia organizá-los, a impressão que tinha era que ambos sabiam demais e estavam escondendo algo. Será que eles estavam trabalhando juntos? Será que se conheciam?"
Admito que não simpatizei com Suzanna. Eu a achei inocente, chorona, irritante e "a (...) mais burra da face da Terra", como ela mesma diz no final do livro. Na verdade, em alguns momentos, eu quis dar uns tapas na cara dela pra ver se ela acordava pra vida e tomava alguma atitude. Outra coisa que me incomodou foi a rapidez com que ela se apaixonou por Pietro e depois por Arthur. Só que depois aparece uma explicação para isso, então acabei entendendo.

Eu fiquei pensando no motivo da autora ter escolhido a fase da adolescência de Suzanna para contar sua história. Imagino que ela preferiu voltar-se para as escolhas e conseqüências que acompanharão a vida de Suzanna, porque é justamente nesse período onde mais temos escolhas a fazer e muitas vezes ficamos confusos e acabamos decidindo sem pensar. Eu mesma estou vivendo isso e não é fácil. Pode parecer papo furado, mas na adolescência passamos por mudanças físicas e psicológicas, formamos o nosso caráter e tomamos caminhos que podem ser certos ou errados. É uma fase crucial do ser humano e diz quem você se tornará no futuro.


Sobre o triângulo amoroso, eu gostei em parte, porque acho que já é algo batido, um clichê. Por isso, é necessário ter algum atrativo, um diferencial e, foi o que a Mari fez. A autora soube muito bem enganar o leitor. Uma hora você pensa que o Pietro é o bonzinho e o Arthur é o malvado, depois vem aquele plot twist danado, os papéis invertem e não dá para saber mais quem é do bem ou quem é do mal. Isso acaba influenciando no relacionamento que cada um tem com Suzanna, claro. Fora que o lado sobrenatural da história - anjos e dêmonios - "salva"o assunto em questão. A ação, as brigas, as traições acabam elevando essa relação deles a outro patamar.

O livro é quase todo narrado pelo ponto de vista de Suzanna, mas em alguns capítulos podemos ver o lado de Arthur. A trama demorou um pouco para pegar o ritmo, mas a partir da metade do livro tudo foi ficando mais claro e a leitura mais dinâmica. Encontrei alguns erros de pontuação, porém podem ser corrigidos, não são muito graves. Este é o tipo de livro que deixa você se perguntando: "O quê? Acabou? Tá faltando página, não é possível!". Ele termina sem que perguntas sejam respondidas, mas, certamente, serão em Sonhos, o segundo volume. Em breve lerei a continuação e virei contar para vocês o que achei.



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Sobre a autora: Paulistana. Nascida em 22 de fevereiro de 1980. Formada em Recursos Humanos pela Faculdade das Américas. Aprendeu a amar a literatura desde a infância quando sua mãe lhe mostrou um livro que estava escrevendo. Apoia sem reservas a Literatura Nacional. Já gravou CD, compôs e hoje dedica a maior parte do seu tempo aos personagens. Autora dos livros Híbrida – série Neblina e Escuridão pela Editora Novo Século e Insônia, série Nefilins. Criadora e administradora da fanpage de literatura nacional: Literatura Nacional BR e do Blog Coração de Papel. Responsável pela Semana do Livro Nacional no Estado de São Paulo desde 2014.



*E que venham mais resenhas! Mari, um grande abraço pra ti!

2 comentários:

  1. MENINNNNNAAA, amei a resenha! Concordo com os pontos negativos e penso muito em mexer no livro, principalmente mandar revisarem profissionalmente de novo haha.
    Sabe que não considero triângulo amoroso? Justamente por causa da explicação do motivo de ela se sentir ligada ao Pietro rapidamente. Mas eu acho que no livro 2 fica mais claro isso. Também não sou fã de paixões rápidas e triângulos amorosos e foi uma forma de "desdenhar" disso, usando influência externa KKKKKK, acho que a ideia se voltou contra mim kkkkkkk.

    Obrigada pelo capricho, adorei relembrar coisas do livro na sua resenha.
    Espero que goste de Sonhos.

    Ahhhh, seu comentário final: sim, escolhi a adolescência porque é uma fase de mudanças e crescimento. É quando deixamos de ser crianças definitivamente. Biblicamente a maioridade tem muito peso e a idade diverge em cada cultura, por isso 18 anos no caso da Suzie.

    Obrigada mais uma vez, eu amei conhecer a sua opinião <3

    Beijão, Mari

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