Resenha: Nano-Mortais: A Tecnologia do Inferno - Acácio Brites


Sinopse:
No auge da era tecnológica, um renomado médico-cientista chamado Nikolai Engerhoff é descobridor e aperfeiçoador da milagrosa nanotecnologia: uma tecnologia inovadora capaz de curar qualquer doença já diagnosticada, pelo menos era esse o plano inicial.

Após os primeiros testes em seres humanos terem sido dados como bem-sucedidos, os pacientes da nanotecnologia começaram a desenvolver certos efeitos colaterais: raiva, ódio, violência e instintos selvagens. Sintomas esses que não sumiam, nem mesmo depois de mortos. Os pacientes começaram a desenvolver um surto psicótico. Prontos para matar e espalhar a nomeada "Praga Nano" por todo o planeta.

Essa praga viral começa a se espalhar pelo mundo, afetando a vida de bilhões de pessoas, incluindo a do famoso e aposentado jogador de futebol Scott McConnell.

Será que Scott conseguirá sobreviver a essa guerra do futuro? Ele salvará a vida de seu filho e das pessoas que ama? 


Título: Nano-Mortais - A Tecnologia do Inferno
Autor: Acácio Brites
Editora: Coerência
Ano de Lançamento: 2016
Páginas: 280



Preciso começar esta resenha dizendo que: ADORO zumbis, sou fascinada por eles! Aí vem o Acácio com uma história de ficção científica (gênero pelo qual sou apaixonada) trazendo esses "serumaninhos" tomados por nano-robôs! Não teve erro, eu amei! Nano-Mortais - A Tecnologia do Inferno entrou na lista dos meus livros favoritos sim!

O ano é 2025. Dois cientistas, Nikolai Engerhoff e Juliarth Thompson, aperfeiçoam a chamada Nanotecnologia, a qual é capaz de curar qualquer doença já descoberta, tais como o câncer e a AIDS e, até mesmo, regenerar qualquer órgão ou tecido vivo. "Em apenas uma gota do fluido Nano há mais de 18 bilhões de nano-robôs. Essas nanomáquinas automáticas são programadas para se adaptarem, multiplicarem e substituírem qualquer parte do corpo humano". Esta tecnologia foi criada para agir a favor do corpo humano, foi chamada de "milagre da Medicina", porém trouxe resultados nada positivos. Aquilo que seria a salvação da humanidade tornou-se um grande mal, deixando milhares e milhares de corpos ao longo do caminho. 

Acompanhamos então a trajetória de Scott McConnell, um recém-aposentado jogador de futebol americano, divorciado e pai de um garoto de 15 anos, em meio a praga Nano. Após sofrer um acidente de carro, Scott acorda totalmente desorientado em um hospital, preocupado com o seu filho Steve e seu pai Joseph. Ele conversa com o médico que o atendeu e, em seguida, recebe a visita do renomado Nikolai Engerhoff, propondo-lhe o uso da nanotecnologia para curar o joelho que o afastou do esporte, possibilitando-o marcar um touchdown novamente e ser o primeiro ser humano a receber tal "milagre". McConell recusa a oferta.

Horas depois, já na casa de seu pai, Scott assistindo a televisão vê a notícia de que os testes em humanos com a nanotecnologia foram iniciados. A primeira cobaia fora o jovem Kaly Rockwood, que jazia em uma cama de hospital há três meses em coma induzido, por ter levado um tiro na cabeça ao presenciar um assalto a banco. Engerhoff não precisaria mais de um modelo de marketing. O mal havia sido plantado... "Agora que todas as pessoas com algum problema iriam procurar por essa tecnologia".

Colúmbia, ex-esposa de Scott, era uma delas. Ela reaparece na casa dele com uma aparência diferente e confirma ter feito a cirurgia com os nano-robôs para corrigir algumas imperfeições e "enaltecer a sua beleza". Não só Colúmbia, Matt, amigo de Steve, também fora curado.  E ambos desenvolveram efeitos colaterais como raiva, ódio, violência e instintos selvagens. Na realidade, todos que passaram pelo procedimento.

Isso ocasionou em um ataque de raiva no Matt, onde Steve saiu ferido. Os dois foram levados para o hospital por Scott e lá ele conheceu Natásha Johnson, repórter da CNN. McConnel convidou-a para comer no Subway e enquanto conversavam a moça alegou que os tais surtos de raiva estariam ligados a nanotecnologia. Quando voltaram ao hospital, Steve havia sumido e durante a sua procura pelo filho, Scott é nocauteado por alguém e desmaia. 

Dois dias se passam, Scott recebe uma ligação de seu amigo Craig Harrison avisando-o sobre as pessoas infectadas que estão pelas ruas mordendo umas às outras e fala para ele arranjar comida e água e o encontrar. O homem sai pelos corredores do hospital e vê sinais de guerra por todos os lados: camas reviradas, extintores fincados nas paredes e marcas de sangue. No caminho, é atacado pelo médico que o atendeu anteriormente, pois este já não era mais humano. O APOCALIPSE ZUMBI COMEÇOU! YEY! (só eu para ficar animada com isso, né kkk)


Agora, você me pergunta: "Cadê o Steve e o Joseph?". Bem, Scott passa a lutar contra os zumbis tecnológicos e o tempo para encontrar o seu filho e seu pai, contando com a ajuda de Natásha, Craig e outros personagens que surgem no decorrer da história. From now on, ação, mortes, aventura, sangue e zumbis (muitos zumbis!) esperam por você!

Chega, chega, chega! Vou acabar dando algum spoiler, se eu continuar! Vamos para as minhas considerações sobre a obra.

Narrado em primeira pessoa, o livro é quase como 
em formato de diário, porque embaixo dos capítulos aparece a data e a hora das cenas, e o prefácio orienta o leitor à esse suposto diário deixado por Scott. 

A ambientação da trama é nos Estados Unidos, logo, alguns termos aparecem em inglês (corretamente, graças a Deus! kkk) e o horário segue a regra da língua inglesa, então apresenta-se em AM (Ante Meridiem) que significa "antes do meio-dia" e PM (Post Meridiem) que significa "após o meio-dia", por exemplo, "6h30a.m, 24 de junho de 2025". Got it?

E, vai um "spoirlerzinho" aí? O final dá a entender que o segundo livro vai se passar nas terras tupiniquins. Tudo bem, mas o Brasil é um refúgio, um lugar em que estarão a salvo? Ou, também está tomando por zumbis? Só iremos saber na continuação, a qual já tem título definido... Nano-Mortais - O Fim do Mundo

Os personagens são tão bem construídos que você vê a personalidade e o que cada um tem a oferecer e contribuir para com a narrativa. E, como de costume, o Acácio nos faz gostar pra caramba de um personagem para matá-lo no fim. (Cruel like always, né, "rapaizinho"!)

Ah, é claro, não poderia deixar de falar um pouco sobre o vilão. Não vou revelar quem é, mas posso dizer que a construção desse personagem é excepcional! Quando você pensa que é uma coisa, é totalmente outra. No final, acaba descobrindo que "fez papel de trouxa" junto com os personagens ha ha ha ha ha...

Nano-Mortais - A Tecnologia do Inferno tem um enredo bem original e está repleto de referências. Enquanto lia, lembrei principalmente da série The Walking Dead, do jogo Resident Evil e do filme Eu Sou a Lenda e tive uma sensação muito boa. O Capitão ficaria orgulhoso!
Fica claro que o autor utilizou diversos meios para criar a sua história, fora as pesquisas para originar zumbis que fugissem do padrão. Além de surgirem a partir da tecnologia, estes zumbis não são mortos com tiros na cabeça, e a solução para isso foi genial!

Entretanto, nem tudo é perfeito, right? Há erros de revisão que se estendem por toda a obra, por esse motivo, é imprescindível que em uma próxima edição isso seja melhorado. A capa feita pelo Décio Gomes é fenomenal, retrata muito bem os zumbis desta narrativa. Quanto a diagramação, feita pelo próprio autor, está muito boa, cheia de elementos "dark das trevas". Novamente, tenho que dizer, a Editora Coerência fez um trabalho excelente e nos agracia com mais um livro bem acabado e de ótima qualidade gráfica.



Depois de nos deliciar com uma história vampiresca em Zeck Death - O Ceifador do Milênio (confira a resenha aqui), Acácio Brites agora nos oferece um livro que não fala somente sobre zumbis, morte, carnificina, mas também do que o ser humano é capaz para proteger quem ama, como precisamos uns dos outros e como a crença na esperança quebra barreiras. Em Nano-Mortais, pude ver o quanto sua escrita evoluiu. Acho que está muito mais fluida e concisa, com frases melhor construídas e diálogos regados de humor, em algumas partes, deixando a atmosfera toda dinâmica.



Não deixe de adquirir o seu exemplar! É só ir na fanage da Editora Coerência, solicitar o livro por inbox, efetuar o pagamento através do pagseguro ou depósito bancário. O livro será enviado o quanto antes, pois está disponível no estoque da editora!


Sobre o autor:

Acácio Brites
Nasceu em 1991, na Baixada do estado do Rio de Janeiro. Tornou-se escritor aos 20 anos, ao concluir sua primeira obra, Zeck Death - O ceifador do milênio. Tem como inspiração músicas, livros, filmes e séries, de que tanto gosta. Atualmente o autor mora em Paulina, interior de São Paulo, onde vive com sua esposa e filho. Nano Mortais é seu segundo livro de romance publicado, agora pela Editora Coerência.


*Estou muito ansiosa pela continuação! Obrigada, Editora Coerência e Acácio! 

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