Resenha: O Clã dos Cavaleiros Perdidos I: A Harpa Sagrada - A. B. Ferraz



Sinopse:
O Rei Theike, senhor de um dos Sete Reinos do Oeste, reúne seus súditos três anos após a derrota para os povos do Leste, a fim de planejar uma revanche. O primeiro passo, no entanto, é guardar em local seguro um objeto capaz de decidir o resultado da guerra: a Harpa Sagrada, toda confeccionada em ouro e capaz de provocar o fim dos tempos.

Para isso, convoca os herdeiros de cada um dos Sete Reinos para que formem um clã e, juntos, levem a harpa em segurança ao Templo das Fadas, guardado pela Rainha Niva e suas discípulas.

Após um período de treinamento, os príncipes partem por terras destruídas e repletas de perigos, encontrando aliados como o índio Morcego Langäk, mas também inimigos como os terríveis Homens-Urso. No percurso, vão descobrir que a maior dificuldade será lidar com seus próprios egos e ideais.

A Harpa Sagrada é o primeiro volume da tetralogia O Clã dos Cavaleiros Perdidos e narra a jornada dos príncipes Aurun, Shadal, Mënor, Pálago, Úrios, Tom e Bürki, e da princesa Lyla, ao Templo das Fadas.

Título: O Clã dos Cavaleiros Perdidos I - A Harpa Sagrada
Autor: A. B. Ferraz
Editora: Independente
Ano de Lançamento: 2015
Páginas: 194


A agência literária Oasys Cultural entrou em contato sugerindo a leitura deste livro e, como sou fascinada pelo gênero Fantasia, imediatamente aceitei a proposta de ler e resenhar O Clã dos Cavaleiros Perdidos I - A Harpa Sagrada do escritor A. B. Ferraz. Confesso que devia ter entregado esse texto há um tempinho, mas é aquele ditado: antes tarde do que nunca! Sem mais delongas, saiba o que achei desta obra que segue à risca os elementos fantásticos.

Há alguns anos, os hostis conseguiram romper a Grande Muralha, a qual separa o Leste do Oeste. E, agora, os moradores do Lado Oeste temem o seu retorno, inclusive o Rei Theike. Por ter perdido a guerra contra esses povos, ele se prepara para uma revanche e uma de suas primeiras atitudes foi pedir ao filho Aurun que reunisse todos os seus súditos para a revelação de um importante segredo guardado a sete chaves pela Rainha Única, sua falecida esposa.
"Isto não é um simples instrumento musical. Esta é a Harpa Sagrada. Ela foi confeccionada pelas Divinas com o objetivo de provocar o Fim dos Tempos, se assim fosse necessário. Caso um dia o mundo estivesse à beira do caos, a Harpa poderia invocar poderes ocultos e muito perigosos." 
O senhor do Reino Sete do Oeste declara que a Harpa Sagrada, confeccionada por fadas, deve retornar ao seu local de origem em segurança o quanto antes, uma vez que tal objeto tem o objetivo de provocar o Fim dos Tempos. Para isso, o Rei convoca os herdeiros de cada um dos Sete Reinos e forma um clã de cavaleiros, o qual terá a responsabilidade de levar a Harpa ao Templo das Fadas, guardado pela Rainha Niva e suas seguidoras.


Depois de passarem por um longo treinamento, Hülls, o Protetor; Aurun, filho do Rei Theike; Tom, sobrinho do Rei Aldha do Reino Três; Shadal, príncipe do Reino Cinco; Bürki, filho caçula do Rei Gularis do Reino Seis; Úrios, do Reino Dois; Pálago, príncipe do Reino Um; Mënor, príncipe representante do Reino Quatro; e mais uma pessoa (não vou revelar quem, seria spoiler...), partem rumo ao Templo. No caminho, encontram diversas dificuldades, terras obscuras e seres medonhos. Armados com coragem e senso de dever, Os Cavaleiros dos Sete Reinos enfrentam os perigos da estrada e de suas próprias mentes.



Foi sem querer, mas enquanto lia esse livro pensei em O Senhor dos Anéis do Tolkien. Não tinha como não lembrar, cara! Um instrumento poderoso... herança... maligno e sombrio... já vi isso antes. Tudo bem, A. B. Ferraz utilizou alguns elementos da obra de Tolkien sim, contudo, criou à sua maneira os personagens, cenários e tudo mais, de modo criativo e bem construído. Quem sabe não tenha sido uma homenagem, afinal, para contar uma história de fantasia é uma obrigação do(a) escritor(a) dar uma passadinha no mundo do mestre Tolkien durante o processo de criação. Gostei da escrita do autor por ela ser leve e envolvente. Quanto as descrições, são concisas.

Uma coisa que queria destacar são os chamados "Homens-Urso", fico imaginando como eles seriam... "Homens vestidos com peles de urso. Na cabeça, exibiam os dentes dos animais, e possuíam lanças pontiagudas e espadas compridas. Alguns também carregavam escudos redondos. Eram peludos, notou Bürki. Mas o que seria aquilo? (...) De fato, seus corpos eram cobertos por peles de urso, mas seus próprios corpos eram recobertos por pelos espessos." Pensei até no filme russo de super-heróis Guardians, o personagem Asus (Wildman) que pode se transformar em um urso armado com uma metralhadora e é capaz de "quebrar" o inimigo em pedaços. Só seria necessário trocar a metralhadora por espadas e lanças hahaha. Olha como ele é:


Com este livro, você consegue ter diferentes reações, desde a paixãozinha até o pesar. São poucas páginas, então a leitura é rápida e fácil. Ele finaliza de um modo brusco, mas que desperta a curiosidade e tem uma certa expansão para o próximo livro. Quem gosta da clássica fantasia vai apreciar este livro!




Sobre o autor:


Antonio Bento Ferraz é filho do ator e diretor Buza Ferraz, falecido em 2010. Assim como seu pai, tomou gosto pelas artes e entrou na carreira muito cedo, aos sete anos, no filme “For All – O Trampolim da Vitória”.

Com a carreira de ator e diretor em andamento, Antonio escreveu sua primeira peça de teatro aos 17 anos; “História de Vina – O Musical” foi encenada no ano de 2009 no Teatro Tablado, Rio de Janeiro. Aos 19 anos escreveu e dirigiu a web série “O Reino dos Ursos” e um ano depois o curta-metragem “50g de solidão”.

“O Clã dos Cavaleiros Perdidos – A Harpa Sagrada” começou a ser escrito em 2010 e concluído em 2013. Porém, a ideia inicial da saga surgiu ainda em sua infância através das histórias contadas por seu pai.

Atualmente, Antonio Bento Ferraz escreve para o canal de humor na internet “Canal AtuRando” que foi eleito como a Melhor Web Série Brasileira de 2015 no Rio WebFest e faz a adaptação do livro “Crônicas do Reino do Portal”, da escritora Simone O. Marques, para um seriado de televisão.



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